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Projetos de Leitura: explorando as diferentes modalidades


 Projetos de leitura
A característica básica necessária a um projeto, seja ele de leitura ou não, é que ele tenha um objetivo compartilhado por todos os envolvidos, que se expressa num produto final em função do qual todos trabalham. Além disso, os projetos permitem dispor do tempo de uma forma flexível, pois o tempo tem o tamanho necessário para conquistar o objetivo: pode ser de alguns dias ou de alguns meses. Quando são de longa duração têm ainda a vantagem adicional de permitir o planejamento de suas etapas com os alunos.

São ocasiões em que eles podem tomar decisões sobre muitas questões: controlar o tempo, dividir e redimensionar as tarefas, avaliar os resultados em função do plano inicial, etc.

Os projetos são situações em que linguagem oral, linguagem escrita, leitura e produção de textos se inter-relacionam de forma contextualizada, pois quase sempre envolvem tarefas que articulam esses diferentes conteúdos. São situações lingüisticamente significativas, em que faz sentido, por exemplo, ler para escrever, escrever para ler, ler para decorar, escrever para não esquecer, ler em voz alta em tom adequado. Nos projetos em que é preciso expor ou ler oralmente para uma gravação que se destina a pessoas ausentes, por exemplo, uma circunstância interessante se apresenta: o fato de os interlocutores não estarem fisicamente presentes obriga a adequar a fala ou a leitura a fim de favorecer sua compreensão, analisando o tom de voz e a dicção, planejando as pausas, a entonação, etc. Os projetos de leitura são excelentes situações para contextualizar a necessidade de ler e, em determinados casos, a própria leitura oral e suas convenções.

Alguns exemplos de projetos de leitura: produção de fita cassete de contos ou poemas lidos para a biblioteca escolar ou para enviar a outras instituições; produção de vídeos (ou fitas cassete) de curiosidades gerais sobre assuntos estudados ou de interesse; promoção de eventos de leitura numa feira cultural ou exposição de trabalhos.

Atividades sequenciadas de leitura

São situações didáticas adequadas para promover o gosto de ler e privilegiadas para desenvolver o comportamento do leitor, ou seja, atitudes e procedimentos que os leitores assíduos desenvolvem a partir da prática de leitura: formação de critérios para selecionar o material a ser lido, constituição de padrões de gosto pessoal, rastreamento da obra de escritores preferidos, etc.

Funcionam de forma parecida com os projetos — e podem integrá-los, inclusive —, mas não têm um produto final predeterminado: neste caso o objetivo explícito é a leitura em si. Nas atividades sequenciadas de leitura pode-se, temporariamente, eleger um gênero específico, um determinado autor ou um tema de interesse.

Atividades permanentes de leitura

São situações didáticas propostas com regularidade e voltadas para a formação de atitude favorável à leitura. Um exemplo desse tipo de atividade é a “Hora de...” (histórias, curiosidades científicas, notícias, etc.). Os alunos escolhem o que desejam ler, levam o material para casa por um tempo e se revezam para fazer a leitura em voz alta, na classe. Dependendo da extensão dos textos e do que demandam em termos de preparo, a atividade pode se realizar semanalmente ou quinzenalmente, por um ou mais alunos a cada vez. Quando for pertinente, pode incluir também uma breve caracterização da obra do autor ou curiosidades sobre sua vida.

Outro exemplo é o que se pode chamar “Roda de Leitores”: periodicamente os alunos tomam emprestado um livro (do acervo de classe ou da biblioteca da escola) para ler em casa. No dia combinado, uma parte deles relata suas impressões, comenta o que gostou ou não, o que pensou, sugere outros títulos do mesmo autor ou conta uma pequena parte da história para “vender” o livro que o entusiasmou aos colegas.

Leitura feita pelo professor

Além das atividades de leitura realizadas pelos alunos e coordenadas pelo professor há as que podem ser realizadas basicamente pelo professor. É o caso da leitura compartilhada de livros em capítulos, que possibilita aos alunos o acesso a textos bastante longos (e às vezes difíceis) que, por sua qualidade e beleza, podem vir a encantá-los, ainda que nem sempre sejam capazes de lê-los sozinhos.

A leitura em voz alta feita pelo professor não é uma prática muito comum na escola. E, quanto mais avançam as séries, mais incomum se torna, o que não deveria acontecer, pois, muitas vezes, são os alunos maiores que mais precisam de bons modelos de leitores.

Na escola, uma prática de leitura intensa é necessária por muitas razões. Ela pode:

• ampliar a visão de mundo e inserir o leitor na cultura letrada;
• estimular o desejo de outras leituras;
• possibilitar a vivência de emoções, o exercício da fantasia e da imaginação;
• permitir a compreensão do funcionamento comunicativo da escrita: escreve-se para ser lido;
• expandir o conhecimento a respeito da própria leitura;
• aproximar o leitor dos textos e os tornar familiares — condição para a leitura fluente e para a produção de textos;
• possibilitar produções orais, escritas e em outras linguagens;
• informar como escrever e sugerir sobre o que escrever;
• ensinar a estudar;
• possibilitar ao leitor compreender a relação que existe entre a fala e a escrita;
• favorecer a aquisição de velocidade na leitura;
• favorecer a estabilização de formas ortográficas.

Leitura Diária

O trabalho com leitura deve ser diário. Há inúmeras possibilidades para isso, pois a leitura pode ser realizada:

• de forma silenciosa, individualmente;
• em voz alta (individualmente ou em grupo) quando fizer sentido dentro da atividade; e
• pela escuta de alguém que lê.

No entanto, alguns cuidados são necessários:

• toda proposta de leitura em voz alta precisa fazer sentido dentro da atividade na qual se insere e o aluno deve sempre poder ler o texto silenciosamente, com antecedência — uma ou várias vezes;
• nos casos em que há diferentes interpretações para um mesmo texto e faz-se necessário negociar o significado (validar interpretações), essa negociação precisa ser fruto da compreensão do grupo e produzir-se pela argumentação dos alunos. Ao professor cabe orientar a discussão, posicionando-se apenas quando necessário;
• ao propor atividades de leitura convém sempre explicitar os objetivos e preparar os alunos. É interessante, por exemplo, dar conhecimento do assunto previamente, fazer com que os alunos levantem hipóteses sobre o tema a partir do título, oferecer informações que situem a leitura, criar um certo suspense quando for o caso, etc.;
• é necessário refletir com os alunos sobre as diferentes modalidades de leitura e os procedimentos que elas requerem do leitor. São coisas muito diferentes ler para se divertir, ler para escrever, ler para estudar, ler para descobrir o que deve ser feito, ler buscando identificar a intenção do escritor, ler para revisar. É completamente diferente ler em busca de significado — a leitura, de um modo geral — e ler em busca de inadequações e erros — a leitura para revisar. Esse é um procedimento especializado que precisa ser ensinado em todas as séries, variando apenas o grau de aprofundamento em função da capacidade dos alunos. 

Leitura Colaborativa

A leitura colaborativa é uma atividade em que o professor lê um texto com a classe e, durante a leitura, questiona os alunos sobre as pistas linguísticas que possibilitam a atribuição de determinados sentidos. Trata-se, portanto, de uma excelente estratégia didática para o trabalho de formação de leitores. É particularmente importante que os alunos envolvidos na atividade possam explicitar para os seus parceiros os procedimentos que utilizam para atribuir sentido ao texto: como e por quais pistas linguísticas lhes foi possível realizar tais ou quais inferências, antecipar determinados acontecimentos, validar antecipações feitas, etc. A possibilidade de interrogar o texto, a diferenciação entre realidade e ficção, a identificação de elementos discriminatórios e recursos persuasivos, a interpretação de sentido figurado, a inferência sobre a intencionalidade do autor, são alguns dos aspectos dos conteúdos relacionados à compreensão de textos, para os quais a leitura colaborativa tem muito a contribuir. A compreensão crítica depende em grande medida desses procedimentos.

Uma prática intensa de leitura na escola é, sobretudo, necessária, porque ler ensina a ler e a escrever.
_____
Fonte: Parâmetros Curriculares Nacionais para a Educação Básica– Língua Portuguesa.


A experiência antropológica como forma de alfabetização

Uma experiência pessoal muito marcante  enquanto caçadora de conhecimentos relacionados à prática profissional foi a participação no curso de extensão da UFF (2009)  "Pintura e Escrita: confluências da verbalidade e do olhar nas classes de alfabetização", ministrado pelo Prof. Dr. Armando M. Barros.  (re)Aprendi a lançar um novo olhar acerca daquilo que já vinha praticando há tempo, mas não enxergava tão bem: alfabetizar a partir da experiência antropológica, ou seja, partindo da história de vida do sujeito aprendente, lançando mão de imagens pictóricas, fotografias, oralituras pessoais e coletivas...

Ciranda do Anel, de Bia Bedran - Parte II

Este post visa complementar o anterior, que versa sobre a cantiga de roda "Ciranda do Anel", de Bia Bedran. Veja-o aqui.

As atividades que seguem objetivam proporcionar aos alunos uma reflexão consciente sobre a construção da escrita, momento em que eles podem confrontar as suas hipóteses atuais com outras próprias elaboradas no momento da atividade, ou aquelas elaboradas pelos colegas, constituindo assim, uma nova estrutura mental sobre a linguagem oral e escrita.

Disponibilizo também uma amostra do acervo musical da cantora, de títulos do seu acervo literário e um vídeo de Contação de História do próprio acervo profissional da cantora na web.

Seminário GEFEL I/2012

Pessoal, tudo bem com vocês?
Vamos conferir o 1º Seminário do GEFEL - "A escrita entre outras linguagens"?
Depois, convido a todos para partilharem aqui as suas opiniões sobre ele, ok?

(Clique na imagem para ampliá-la)


Forte abraço a todos e todas!


Alfabetização e Teorias Psicológicas da Educação

Como desenvolvemos nossa capacidade de aprender?
Já nascemos com ela ou a adquirimos ao longo da nossa vida?

Alfabetizar é um ato de amor. Já nos dizia Freire (1996). Mas educar implica atuar ancorado numa certa concepção do processo de aprendizagem. Ainda que não a tenhamos plenamente definida, é preciso ter a noção de cada uma delas, ou pelo menos as principais. Pensando nisto, pretendo contribuir com uma reflexão acerca dessas principais concepções sobre o processo de cognição que envolve a aprendizagem humana.



Importante salientar que, o indivíduo será aqui tratado como aprendente, ou aquele que se encontra em processo de aprender alguma coisa. Vejamos um pouquinho de cada uma delas então: (...)

Processos Alternativos de Alfabetização: só para adultos?



“Leituras e escrituras numa Educação Popular”
Por Valéria Rosa Poubell:
In trabalho monográfico de final de curso de
Pós-graduação em Alfabetização – Puc/ 2002.

A visão que tenho de processo de alfabetização é aquele que é capaz de proporcionar ao educando meios de interagir de forma independente, autônoma e crítica frente ao mundo letrado. Devemos crer que para tanto, este processo deve contemplar o “ir além” das letras, fonemas, palavras e frases soltas e descontextualizadas. Mas o que oferecer aos alunos da EJA?

Trabalhando a Escrita de Textos Instrucionais: regras de brincadeiras

Quem não gosta de uma boa brincadeira? E não vai dizer que brincadeira é coisa só de criança. Agora imagine transformar esse momento tão alegre e discontraído em conteúdo de aprendizagem em sala de aula. Sim, é possível e bastante produtivo.

Discutir as regras de um determinado jogo nem sempre é tarefa fácil se considerarmos a diversidade cultural imbutida nos mesmos. No entanto, é um excelente começo de conversa para se trabalhar com a questão das normas de conduta e regras para o convívio em grupo e o quanto antes essa discussão é iniciada, melhor será a participação dos seus integrantes dentro dele. Que tal a sugestão de um passo a passo?

Para uma melhor compreensão do fracasso e do sucesso escolar vi

O SABER E O NÃO SABER


“ - Ah, tia. Eu ainda não sei escrever! ”
“ - Eu não sei escrever! ”


Frases como estas são comumente ouvidas das crianças que são submetidas a um processo puramente mecânico de aprendizagem da leitura e escrita.

Neste processo a criança fica impossibilitada de experimentar e, portanto, amedrontada, não vê lugar para o erro. As respostas já foram dadas e não é preciso refletir sobre elas. E basta memorizá-las.

Acaba pisando numa mina explosiva aquele aluno que não consegue “guardar” tudo, exatamente como lhe foi mostrado. Aquele que não consegue lembrar, que sofre da memória, é o que “ não sabe “ e, por isto, é um fracassado.

Os que conseguem trazer à lembrança o “ba, be, bi, bo, bu” - sem nos esquecermos do "bão", claro - vão aos poucos se convencendo de sua superioridade, de sua inteligência, de seus dons naturais para alcançar altas posições na sociedade hierarquizada sócioeconomicamente.

Possuindo o conhecimento – aquele esperado pela escola – esses alunos se tornam detentores do poder. “ O saber que possuem é confirmado na escola e os resultados escolares antecipam seu sucesso na vida social (Esteban, 1991).

Precisamos refletir  sempre sobre o que estamos oferecendo aos nossos alunos. E, mais importante ainda, o que farão com aquilo que lhes ofertamos.

E o que acontece com aqueles que não memorizam de forma mecanizada?



Escrita como meio de satisfação pessoal

Olá, pra toda essa gente boa que nos acompanha!

Escrever é bom demais, blogar, melhor ainda! Aprendo tanto com esse troca-troca. M'Alma se enche de alegria ao receber carinhosos comentários.

Um contentamento que me faz pensar naqueles  que desconhecem essa poderosa ferramenta - a ESCRITA. Sim, ainda hoje, inúmeras pessoas convivem a margem de todo esse aparato tecnológico, como as mídias e redes sociais, e distantes daquilo que, ao meu e aos seus olhares, é tão rudimentar, como a escrita com lápis ou caneta em papel.

Caramba, por vezes me percebo completamente louca por me preocupar com essas coisas.

Que tenho eu a ver com toda essa gente que não sabe escrever, nem ler, é claro? Tenho a minha vidinha, vidinha mesmo, leio o que quero (hoje sou minha própria bússola na escolha do caminho a escolher para me alimentar de saberes) e escrevo quando quero, e melhor ainda, O QUE QUERO (claro que não é tanto assim, como bem sabemos. Afinal a DITADURA, névoa mundial, ainda nos ronda. Sem contar a tal da DIPLOMACIA, que confesso não saber utilizar como me sugerem).

Por que então, deixar que esse pensamento me invada a alma? Será por que gosto tanto de ler, quanto de escrever? Será que sinto falta das escrituras dessa gente? O que será que elas teriam a me dizer? Será mesmo que sejam tão incapazes de aprender?

Talvez pense no quanto de contribuição poderiam dar a esse bloguinho, aspirante a gente nesse Blogsplanet, cada vez mais encantador.

E com o que essa gente se preocuparia? Com a quantidade e a qualidade daquilo que escreveriam ou leriam? Que recados nos enviariam?

E vocês, caros leitores, escritores, com o que se preocupam? O que ocupa sua alma?


Educação Popular na atualidade: análise das possibilidades e dos desencontros


"Tornar a escola popular não implica torná-la substancialmente diferente da escola das elites; é esta a escola que as classes populares querem arrancar do Estado, submetendo-a à sua critica sem deteriorar sua qualidade nem abdicar do seu conteúdo".
Vanilda Paiva
Na crença de que a história não chegou ao fim, que o ideal de construção de uma sociedade mais bela em sua essência continua vivo, a EP aqui já tratada através de outro post procura constituir-se como uma possibilidade alternativa para a educação de jovens e adultos.

Concebemos que a educação por si mesma, sozinha, não é capaz de transformar. No entanto, sem considerá-la, não se consolidará a conscientização das massas pela sua opressão e também da elite pela necessidade de torná-la menos opressora e mais solidária. 


Falar de EP atualmente, significa considerar a realidade social concreta como ponto de partida para um ato de educar que gera felicidade a todos – alunos, professores, escola, sociedade, mundo. Mas essa mesma realidade, tão abordada nas últimas décadas, tornou-se “chavão” em qualquer programa ou projeto pedagógico. Sabemos o quão distanciada das práticas educativas ela se encontra.
Cabe aqui um convite para encararmos o desafio de “olhar” a realidade, enxergá-la de fato e buscar nela, e através dela, as ferramentas que necessitamos para ensinar os indivíduos, frutos dessa realidade, a ler, escrever e revertê-la para o bem de todos.
A divisão social da população parece cada vez mais solidificada, mostrando-se forte e presenteira em meio à imensa desigualdade sócio-econômica entre as classes sociais. A exploração e os mecanismos autoritários pelos quais os trabalhadores de baixa renda eram submetidos ainda prevalecem.

Alfabetização com a turma da Mônica



Qual criança, jovem ou adulto, caso já tenha sido apresentado, que não gosta das personagens criadas por Mauricio de Souza? E mesmo os que vão ter contato pela primeira vez, dificilmente não se apaixonarão.

Apresento aqui um trabalho que foi desenvolvido a partir das histórias em quadrinhos e sugestões de atividades de leitura e escrita a serem desenvolvidas a partir da tipologia textual História em Quadrinho (HQ)...

Consciência Fonológica: pré-requisito para a alfabetização?


O título desta postagem foi o tema do último Fórum de Alfabetização, na Unirio, ontem. Manhã maravilhosa, encantadora, desequilibrante, como todas que são oferecidas pelas pessoas do Grupalfa. E que pessoas são essas? Nossa, sem palavras...

Fui desmontada em meus preceitos, mas acalentada pelas informações: dados para a reflexão. Penso que não estou tão distante assim daquilo que educadores que sonham uma sociedade mais justa, de fato, onde a educação contribui para a verdadeira emancipação dos indivíduos - sejam eles pertencentes a qualquer camada sóciocultural e econômica - almejam.

De tudo e muito mais, aprendi que consciência fonológica, sim, mas sem o blá blá blá da sílabação pela simples silabação, ainda que se possa chegar lá. Mas por outro caminho, mais seguro e humano para o aprendente.

Quero escrever mais sobre isso, mas ainda estou organizando as idéias. Quer refletir comigo sobre isso? Envie suas idéias, dúvidas... Vamos pesquisar juntos.

ABRAÇOS CARINHOSOS A TODOS E TODAS!


O que se aprende quando se ouve o professor lendo?


Em releitura do imperdível para nós, alfabetizadores, "Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário", de Délia Lerner (2002), me deparei com os questionamentos da própria autora:

" O que se aprende quando se ouve o professor lendo?"
"Em que momento os sujeitos se apropriam da linguagem dos contos?"

Entre essas e outras perguntas, seguidas das reflexões da Délia, me veio à lembrança o diálogo:

"- Mãe, faz um chafariz aqui pra mim (fazendo referência a uma produção artística - desenho - de livre escolha)?
- Chafariz! Huumm, não sei desenhar bem um chafariz.
- Mãe, faz um igual àquele do Mico Leão!"

Nossa, o que Ana (5 anos de idade) estaria querendo me dizer? Que "raio" de Mico Leão era esse? E o que chafariz tinha a ver com o Mico Leão?  Minha expressão facial falou por si só. E fora explendidamente interpretada pela pequena:

"- Mãe, você não lembra daquela história que você contou pra mim e para a Maria*, a do Mico Leão que adorava tomar banho no chafariz?"

Caramba, realmente eu havia contado essa história durante uma aula para Maria, aluna que frequentava a sala de Atendimento Educacional Especializado. Mas já se passara muito tempo. O ano letivo, inclusive, já havia virado.

Eu, de fato, não me recordei de imediato. Talvez pelo motivo da Ana ter participado do momento da Contação da história de forma incidental. Ela se quer devia estar ali. Não havia planejado contar para ela específicamente. Mas neste ponto exato entraríamos num outro assunto que geraria um bom tópico de discussão: a intencionalidade educativa ou o planejamento pedagógico.

Mas o que vale mesmo, diante dessa exposição é a ressignificação daquilo que fora apreendido por Ana. E ainda mais valerá  se considerarmos a intencionalidade não direcionada a Ana, e sim a Maria.

A pequena, ao ter contato com a história que ouvira da sua mãe, ainda que não direcionada para ela específicamente, assimilou o seu conteúdo, se apropriou dos seus elementos, preservando-os em sua memória e os resgatou num momento posterior de criação artística, através do desenho, espontâneamente.

Creio que esta seja a maior contribuição que nós, professores podemos dar aos nossos alfabetizandos, que é a de oferecer elementos de criação.
Esses elementos, ressignificados, irão compor a história da pequena Ana em seu real processo de (re)construção da leitura e da escrita.

E nos voltamos à pergunta que gerou esta postagem:
O que se apreende quando se ouve o professor lendo?

_________________
(*) Identidade preservada.


As falas da família e as memórias sobre a alfabetização II



(Foto de Cristiane Silva. In: Bienal 2009)

Larissa, Professora e Pedagoga, revive sua história e nos envia suas memórias. É um relato cheio de vida e que certamente irá emocionar aos caros leitores, envolvidos com a arte de alfabetizar.
NÃO DEIXE DE COMPARTILHAR CONOSCO SUAS LEMBRANÇAS. 
Forte abraço a todos e todas!


(Amigaaaaaaaaa, essa é vc???  Q história linda! Mas fico até "sem graça" de contar a minha... rs)

"Lembro-me muito pouco... mas era tudo muito diferente... Tb era a menininha calada e isolada num canto da sala, os professores não acreditavam qd meu pai contava todas as artes que aprontava em casa. Era um meninão em casa, que não deixava meu pai cozinhar o chamando para jogar bola. Meu pai cuidou da casa e das 3 filhas muitos anos, por estar desempregado, enquanto minha mãe trabalhava.

Ninguém entendia pq era tão calada na escola, tão desorganizada, "avoada", nunca sabia qual o caderno era para pegar e nem se tinha trabalho de casa. Incansavelmente, ou cansavelmente, não sei, escutei: Você é irmã da Laila??? Não acredito! A Laila era tão organizada e tinha uma letra linda. Como estudávamos na mesma escola e minha irmã Laila era apenas uma série a minha frente. Pegava todo ano a professora que era dela. E todo ano era a mesma tortura!
Em casa minha mãe nunca entendia pq eu não gostava de ler, se dava a mesma educação e estímulo às filhas, e Laila lia enquanto eu jogava creme-rinse (era assim que se chamava condicionador na época) no chão do box para Laila cair, rabiscava as bonecas, destruía a casa de bonecas feita pelas primas na bananeira...

Qd minha mãe ia arrumar minha mochila então... Nossa! Ela sempre encontrava caneta hidrocor sem tampa e a mochila jeans manchada com a mesma cor da mancha dos cadernos, agenda, novo testamento... Tinha ali farelo de biscoito, umas 4 maçãs, no mínimo, podres e tudo que se pode imaginar... Era um desespero!
- Relaxada! Preguiçosa! Porca!

Ouvi isso toda a infância, adolescência e ouço até hj, mas agora adulta a corrijo:
- TDA, por favor!
É... por ser quieta, e não atrapalhar as aulas, minhas professoras não viam transtornos em mim. Não tive a mesma sorte que a sua. Fui internalizando isso e realmente me achava a porca, a filha burrinha. Mas eu sonhava tanto. Sonhava acordada, sempre com futuro, com tudo que via. Hj, 28 anos, continuo assim, estou sempre pensando em milhões de coisas ao mesmo tempo. Não dá pra parar, e isso cansa... Dormir então, é se cansar mais, os sonhos são sempre tão intensos, malucos, são vários, muitos, muitos, muitos sonhos numa mesma noite de sono. Acordo durante à noite para ir ao banheiro e beber água, o meu corpo exige isso!
No primário ficava brincando com o estojo. Tinha aquele que cada botão que se apertava saía uma coisa: tesoura, apontador, gaveta... As BICs eram bonecas barbies. Sabe aquela tampinha? Era o cabelo de rabo de cavalo. Tudo me distraía. As notas, regulares à péssimas. Minha mãe ficava desesperada.
- Como uma filha minha pode ficar em recuperação na 2a. série, hj intermediário?
Filha mais nova de três "INTELIGENTES", dava nisso.
Hum! Me lembrei agora da avaliação de leitura no C.A. Não sabia o som do H inicial, a professora e a coordenadora me explicavam diversas vezes, mas não conseguia compreender... rsrsrsrs
E a tabuada??? Hum... essa aí era um horror. Ao contrário de vc não entendia pra q decorar se era só olhar no papel. Minha mãe, coitada... Colava cartazes com tabuadas em pontos estratégicos da casa. Qd eu sentava no vaso sanitário, estava o cartaz na minha frente. Se deitava na cama, acredite! Ele estava lá, colado no teto. Os números saiam do lugar dançavam, caiam, brincavam comigo, mas cantar a tabuada, só qd ela gritava:
- Quero ouvir daqui!
rsrsrsrsrsrs
A conta de dividir fui aprender apenas na 5a. série. Na 2a. vez que fiz a 5a. série. Passei em todas as matérias e fiquei em mat, por mais de 4 pontos. Fiz prova final, recuperação e nada. Deram a chance de 2a. época. Já ouviu falar nisso??? Passei todas as férias de 1990 estudando com professora particular.

O dia que fugi para ir à Colônia de férias do SESC, era o dia de piscina, tomei uma surra de escova de pentear cabelo. Bom, fiz a 2a. época, mas não passei. A prova foi a idêntica a que estudei na explicadora, ela tinha conseguido do ano anterior daquela mesma escola. Tentava me fazer decorar o resulatdo. rsrsrsrs Não é que errei quase tudo... A madre responsável chamou meus pais para conversar para q eles decidissem se eu passaria ou não. Meus pais optaram por não. Falaram que eu era do meio do ano (junho) e esses 6 meses estavam fazendo a diferença em minha maturidade. Fiquei P... Fiquei certa de q não gostavam de mim. Q era realmente o patinho feio que os familiares falavam, a pestinha, a criança achada no lixo.
E as produções? Falatava o final do parágrafo, mudava de assunto antes de concluir. Meu Deus! Pq g e j, s, ç, e c, s e z, x e s, m e n, tudo com o mesmo som? Era um tormento meus erros ortográficos.
Então as coisas começaram a melhorar qd repeti o ano. Já com 12 anos comecei a entender toda aquela confusão de pensamento e falta de organização como características da minha personalidade e que estava na hora de mudar... Comecei a me cobrar, a ficar popular na escola e a estudar todos os dias da minha vida. Como cobrança. As críticas familiares mudaram. Agora era: Como a Larissa é inteligente! Eu dizia:
- Não! Inteligente não! ESFORÇADA!!! Vcs não tem noção de qt força boto nisso!
E fui uma das melhores alunas da turma. Qd decidi ser professora, me obriguei a ler. Pensava: é inadmissível uma professora q não gosta de ler... E as coisas foram fluindo. Apostei com minhas irmãs que passaria para CEFET. Não passei e fui "zoada" durante todo o 2o. grau por elas. Só pararam qd apostei que passaria para UERJ. Riam tanto. Fiz, sem pré-vestibular, sem matemática, física, química e biologia de 2o. grau. Passei para a 2a. fase. Ninguém queria voltar de viagem para eu fazer a prova. Minha irmã mais velha falava: Mas pai, ela não vai passar mesmo! Isso me dava uma força incrível para estudar, passei dezembro inteiro debruçada em livros, isso num sol de lascar dentro de uma casa quente de praia.
Passei! E conclui! Quis continuar... quero... Mas não entendia mais o pq de tanta dificuldade. Hj trabalhando, como professora, vivo louca com atividades para corrigir, elaborar, prazos de entrega. Faço cursos, palestras, participo de Congressos, mas com um esforço fora do comum. Esqueço meus compromissos, esqueço de contas importantes a pagar, sempre numa velocidade enorme de pensamento. Tenho muitas ideias, poucas consigo colocar em prática, tô sempre elaborando... dizem que sou criativa. E responsável tb. Qd escuto que sou organizada, digo: Tento! Tento!
Hj lendo e pesquisando sei que sou uma adulta TDA, sem hiperatividade física. Sou feliz! Muito feliz! Sei que conquistei muitas coisas, mas sei tb que quero conquistar muito mais, mas preciso de ajuda, procuro ajuda...
Minha mãe não sabia disso, faltava informação naquela época. Hj sabe e procura me entender.
Um adulto TDA entende suas confusões como parte da personalidade. As pessoas que convivem cmg, ou me amam, por entenderem meu jeito esquecido, grosseiro, impulsivo e entrão de ser, ou me odeiam... rsrsrsrs".


As falas da família e as memórias sobre o processo de alfabetização



Todos nós, leitores privilegiados, temos em nossa lembrança nossos processos de alfabetização. Mas o que nossos familiares pensavam e nos diziam àquela época, sem que percebéssemos, foi muito importante para nossa formação, seja em qualquer área em que atuamos hoje.
Será que você se recorda das falas da sua família sobre a sua aprendizagem da leitura e escrita?
Bem, de qualquer forma, quero compartilhar com vocês as minhas lembranças tão vivas em meu pensamento ainda hoje.
Seria uma honra compartilhar também das suas próprias lembranças.
Fique a vontade para nos contar.

(Proposta de atividade do Curso de Extensão/ 2009

da Universidade Federal Fluminense, Ministrado pelo Prof. Dr. Armando M. Barros
"Pintura e Escrita: confluências da verbalidade e do olhar nas classes de alfabetização").

Para o nosso mediador, o Prof Armando M. Barros (UFF/RJ), a escuta pelo próprio indivíduo sobre as suas experiências através da "voz familiar" é o que define aquilo que o aluno fala em sala de aula e até fora dela.


E o objetivo que nos faz optar por compartilhar com vocês tal concepção está presente na constatação da dificuldade que temos, enquanto professores, de nos comunicarmos verdadeiramente com nossos alunos. E mais ainda em perceber que essas vozes externas se interiorizam ao longo da nossa história e nos acompanham pela trajetória de vida escolar. Como entender o que os nossos alunos nos dizem? Ou tentam nos dizer? (...)

2012! O que ofereceremos aos nossos alunos? Vamos pensar juntos?


O PROJETO NOSSO DE CADA ANO - Planejando 2.012


Pensar no Projeto para o próximo ano letivo é a ordem para os dias de janeiro.

Se possível, reserve um tempo para você. SÓ VOCÊ.

Fazer um bom passeio ao ar livre, ir ao cinema, visitar um museu, apreciar qualquer ponto da natureza... Ficar de perna pro ar! Tudo isso servirá para recarregar as baterias. E elas precisam estar muito bem carregadas para agüentar a demanda do dia-a-dia das nossas salas de aula.

Seja qual for o projeto pedagógico das escolas em que atuamos, devemos pensar no nosso próprio projeto. Falo daquilo em que acreditamos, nossas concepções, do que fazemos de melhor porque já provamos o gostinho do bom resultado para todos, alunos e nós mesmos. Daquilo que consegue encher nossos lábios de um sorriso incontido. Rimos sozinhos, felizes com o sucesso daqueles que dependem de nós, somente nós.


Se temos nosso próprio projeto, confiamos nele e nos empenhamos para a sua plena execução, facilmente nos engajaremos num projeto maior, o projeto de todos. Aquele que foi decidido com toda a equipe e que, por isso mesmo, também teve a nossa participação. E, engajados, poderemos seguir firme, ainda que apareçam pedras no nosso caminhar. Estaremos fortes, porque seremos um mais um, mais que dois.

Pensar sobre o quê e como vamos oferecer aos alunos para que eles tenham reais chances de um seguro aprendizado da leitura e da escrita não é tarefa nada fácil, mas imbuídos do amor que temos pela nossa profissão e conscientes do nosso papel neste mundo, tão necessitado de uma educação transformadora, emancipadora (neste momento me recordo dos ensinamentos de Paulo Freire) e, acima de tudo, "fazedora de seres humanos em sua plenitude". Seres humanos repletos de sentimentos pouco observados em nossa sociedade - amizade, solidariedade, caridade, amor, justiça e respeito.




A nossa missão não é das mais simples. Ela é grandiosa sim. E devemos começar o quanto antes, mesmo que, por lapsos de segundos, vemos nossa força se esvair. Mas ela está lá, e é exatamente ela que nos move.

Instrumentalizar crianças, adolescentes ou adultos com a ferramenta essencial para enfrentar as perversidades que o mundo capitalista-transglobalizado nos impõe - com a leitura e a escrita - é o início de tudo o que pode vir depois: consciência crítica, exercício de deveres, a conquista e a exigência de direitos, o respeito e o amor ao próximo e ao distante e, fundamentalmente, respeito pela natureza, pelas nossas terras e nossa Terra.




FELIZ BOM ENCONTRO COM OS NOSSOS EUS. 
BOAS IDÉIAS A TODOS E TODAS!

UM EXCELENTE ANO NOVO!

E se quiser compartilhar conosco, ficaremos extremamente honrados.

Fotos: http://images.google.com.br/images


Como ajudar seu filho a gostar de ler?

BOM DIA, PARA OS DO DIA,
BOA NOITE, PARA OS DA NOITE!

Curiosamente, ao ligar o computador e clicar no botãozinho da internet, a página que se abre é a do Jornal O Dia. Fico por alguns segundos contemplando tal página e agradecendo a Deus por isso. Meu filho Rodrigo, com seus 24 anos é um leitor pouquíssimo assíduo de jornais ou revistas. Fato esse que provavelmente se deve a uma professora que teve na antiga 1ª série. A professora, na tentativa de ajudá-lo numa melhor organização de seus deveres, arrancava-lhe as folhas do caderno, e isso ocorria sempre. Eu, mãe zeloza, aprendiz do ofício de ensinar (graças a Deus não só a melhoria na organização dos cadernos!), achava o máximo: nossa, essa professora é boa mesmo, quer ver o caderno do meu filho um "brinco"!

Então, pensava que fazendo o mesmo, ia ajudar ainda mais o meu filho, que só para esclarecer, aprendeu a ler aos 6 anos de idade, sem qualquer ajuda extra da mamãe, aprendiz de professora, como já disse. Apenas o ajudava a fazer as tarefas de casa. E lia bastante histórias. Ah, sim. Isso eu fazia muito. E ele amava. Lembro dos seus olhinhos ávidos pelo desenrolar e desfecho das mesmas... E certamente isto contribuiu para que se alfabetizasse tão rápido, em apenas 6 meses!

Bom, mas estáva-mos onde mesmo? Ah, sim, lá na primeira série.  O Rodrigo adorava ouvir histórias, e contava as suas também, tanto que hoje é um excelente "contador de causos e piadas"! Mas escrever era um problema. E como eu reforçava a atitude da professora que arrancava-lhe folhas e mais folhas do seu caderno para que ele escrevesse novamente as tarefas, ele tomou mesmo pavor do ato de escrita.

Uma pena, perderam a professora, que apenas fez valer o seu poder em sala de aula, a mãe, que não suspeitava do mal que causava e o filho, que deixou o trem da escrita na vida e da vida para trás só para não ter que reescrevê-las. Quem sabe alguém não estaria lá para lhe mandar fazer tudo de novo?

Lembro das cartinhas que adorava fazer para mim. Isso antes, claro, de passar pela experiência acima descrita. Algumas guardo até hoje. E não venham me convencer de que ele era um mau escritor! Mas só hoje eu vejo isso...  QUE PENA!
Que pena do mundo por isso. Perdeu também. Deixou de conhecer uma sensibilidade grandiosa, que se esconde até hoje dentro do coração daquele menino, que em suas brincadeiras de hoje, deixa escapar a sua criatividade de ontem, pouco utilizada.

A verdade é que passando os olhos pela página aberta, avistei a reportagem cujo título é o mesmo desta postagem, como ajudar seu filho a gostar de ler? E pensei na contribuição que o meu relato poderia dar aos pais aflitos pela situação de "mau organização" das tarefas de aula no caderno dos seus filhos e outros probleminhas (uns de fato preocupante e outros nem tanto) que a escola inventa e nós pais acreditamos e reforçamos.

Então, quero compartilhar com vocês o artigo publicado no Jornal O Dia Como ajudar seu flho a gostar de ler? A pergunta é respondida por Regina de Assis, Mestra e doutora em Educação e consultora em Educação e Mídia.

PERGUNTA E RESPOSTA
Meu filho tem 8 anos de idade, está na 2ª série e tem dificuldades para ler. Ele Já faz aulas de reforço no colégio. O que mais posso fazer? Lilia Campos, por e-mail
Parabéns por acompanhar de perto os estudos de seu filho, buscando resolver os problemas assim que eles se apresentam. Converse com a/o coordenador/a pedagógico/a da escola dele, para saber melhor como ajudá-lo. Mas posso lhe adiantar que há um recurso muito importante, que você pode desenvolver em casa : ler para seu filho histórias que o interessem e lhe deem prazer e depois pedir que ele as releia para você. Pedir que ele conte suas próprias histórias ou fatos ocorridos no cotidiano, escrevê-las, ler para ele e, novamente, pedir que ele as releia para você. É muito importante que seu filho descubra e valorize o fato de que o que se fala, se escreve, o que se escreve se lê e se volta a falar.
Observe também se a saúde dele está em ordem, especialmente fazendo exame de olhos e ouvidos. Analise ainda se ele tem horários organizados em casa para dedicar tempo aos estudos, sem deixar de brincar com os companheiros, ver um pouco de TV ou jogar. Mas o tempo da leitura é ‘sagrado’ e deve ser agradável e não cansativo ou desinteressante. Seu filho descobrirá, com sua ajuda e da escola, a beleza e importância da leitura em sua vida.







BONS ENCONTROS COM VOSSOS FILHOS E FILHAS!



Literatura na sala de aula – leitura e interação

Prof. Valéria Rosa Poubell






1. Recolher livros da biblioteca da escola, caso haja, para trabalho em sala de aula durante todo o ano letivo

2. Solicitar ao responsável um exemplar para ficar na sala de aula (a ser devolvido no fim do ano).

3. Organizar com as crianças a catalogação dos livros, ou seja, fazer uma lista com eles dos exemplares disponíveis, aproveitando a excelente oportunidade de abordagem de conteúdos: leitura, escrita, ordenação alfabética, estrutura elementar textual (título, autor, editor, ilustrador, etc.).

4. Propor um Círculo de Leitura (que pode ser na própria sala de aula, mas também pode servir de inspiração para uma “aula ao ar livre”, no pátio da escola, por exemplo. A criançada vai se familiarizando com o hábito da leitura sistematizada, além de desenvolver habilidades importantes, como o ouvir, o falar, o raciocinar (apreensão das idéias do texto lido/ ouvido), o pensar criticamente, e a emissão coerente desse pensamento, entre outras.

5. Todo fim de semana, cada aluno escolhe um exemplar, leva para casa e lê. Pode ser sozinho, ou com ajuda (p/ aqueles que ainda não conseguem ler).

6. Fazer fichas de avaliação (simples, como "em sua opinião, a história do livro é: boa, muito boa, ruim ou muito ruim?”; “interessante pouco interessante”; “empolgante, sonolenta”, etc.) com alguma interpretação, o mínimo possível, como por exemplo: Reescreva o título do livro que você leu; Quem são as personagens da história do livro? Represente através de desenho a parte que você achou mais interessante na história.

7. Disponibilizar, durante as aulas, acesso às “Caixas de Leitura”, “Baú do conhecimento”, “Caixinha de Surpresas” (seja qual nome for escolhido pelo professor ou pelos alunos para o local onde ficarão guardados os livros) para livre manuseio pelos alunos, propiciando assim uma leitura prazerosa, sem qualquer “cobrança”.

8. Propor reescritos textuais de histórias lidas e apresentadas nos Círculos de Leitura, como uma das estratégias de desenvolvimento da produção escrita através do “pensamento sobre a escrita”.

9. E muitas outras possibilidades que a sua criatividade de professor, comprometido, eficiente e esperançoso é capaz de alcançar!

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Uma experiência no Museu Oi Futuro, RJ.