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É com S ou SS? - Ensinar a aprender Ortografia ou ensinar a decorar?


S ou SS? Isso me inquieta e me inflama!

Claro que não se trata da pergunta se a palavra é grafada com S ou SS, e sim o encaminhamento das atividades de aprendizagem da ortografia da nossa língua.

Certamente, você já se deparou com deveres de casa do tipo: "Escreva palavras com SS (ou outra letra qualquer)".  Assim, sem contextualização nenhuma.  Esse tipo de exercício mostra claramente o retrato da Educação no Rio de Janeiro, seja ela pública ou particular. E com ele quanto avançamos quase nada ou coisa alguma.

Práticas antigas, que nunca agregaram conhecimento algum à minha vida, a sua ou das nossas crianças ou jovens, nos povoam fortemente nos dias atuais. Se eu quero saber a grafia correta de um vocábulo, devo aprender sobre a existência, o uso e a empregabilidade de dicionários.

Sempre procurei ENSINAR a APRENDER em detrimento de ensinar a emburricar. Como o aluno busca a aprendizagem para o que necessita é o que sempre me interessou e é o que de fato importa.

Os cadernos dos meus alunos contêm informações sobre os assuntos que buscamos aprofundar. Constituem-se mais em uma agenda de compromissos organizados e assumidos, bem como anotações, que uma cópia infinita e sem sentido de conteúdos enfadonhos. Prefiro utilizar o tempo com os meus alunos praticando efetivamente os conteúdos das disciplinas.

Se desejo que aprendam a escrever, promovo práticas diárias de escrita, se o desejo for que aprendam conteúdos matemáticos, vivenciarão situações-problemas reais, de suas próprias vidas, pois matemática é vida. Observar, analisar, contar e registrar... E as dúvidas sobre grafia, e outras quaisquer, surgem e são sanadas de forma muito tranquila, pois deixam de ser problema; criado para afastar o aprendente do processo de aprendizagem da escrita; são situações reais de escrita viva, ou seja, para escrever necessito lançar mão da convenção, mas não preciso escrever 599 palavras com S, SS, G ou J. Escrevo cartas, bilhetes, poemas, histórias, produzo jornais, etc.

Escrevo na medida em que VERDADEIRAMENTE, necessito.

Pena que, ainda assim, há os que cobram: mas não tem conteúdo?

Organização Curricular - planos, atividades, sequências ou projetos?


Recomeçar... ou como começar o trabalho de alfabetização, seja de crianças, jovens ou adultos?

Organizar as tarefas a serem vivenciadas ao longo de todo o período letivo requer um bom senso na escolha daquilo que mais facilmente levará até a chegada - os objetivos gerais e específicos. Mas qual será o melhor ponto de partida?

Será que todos nós, professores, sabemos definir e utilizar planos, atividades, sequências ou projetos? 

Diversos são os caminhos. No entanto, é preciso saber onde se quer chegar, não é mesmo? Bem traçados os objetivos, pensaremos na trilha que melhor proporcionará alcançarmos aquilo que desejamos. (continua)

Inclusão Digital Escolar e Social e Alfabetização


Diversas são as atribuições e contribuições inerentes ao Atendimento Educacional Especializado, na modalidade Sala de Recursos. Com início neste ano de 2012, no espaço do AEE/Sala de Recursos de uma Escola Municipal localizada na cidade do Rio de Janeiro, é trabalhado um projeto integrado a outras atividades curriculares da Unidade Escolar que visa promover o desenvolvimento de habilidades e competências específicas por parte da sua clientela. É o projeto Inclusão Digital Escolar e Social - AEE/ Sala de Recursos”.

É pouco o impacto, do ponto de vista pedagógico, do uso das redes sociais nas escolas. Mas sabemos que fora da escola, ou até mesmo para manter contato com os amigos da escola, os alunos fazem uso das redes – Orkut, Facebook, MySpace, MSN –, mas elas ainda não são utilizadas para outros fins. (...)

Material de Atividades Pedagógicas - Modelos para adaptação


(Disponível em: http://rclatosensu.blogspot.com/2011/10/receita-do-bom-professor.html)


Aqueles que nos acompanham sabem bem que não gosto muito de "recomendar" atividades pedagógicas prontas, pois entendo que cada grupo é um grupo diferenciado e, por isso, as atividades devem ser adequadas às necessidades de cada um. Mas como ninguém cria do nada o tempo todo, ADAPTAR  é uma ótima opção. Então, sugiro e disponibilizo um link que os levará a um site que contém atividades pedagógicas que servem bem ao propósito para pensarmos uma intervenção bem bacana para o próximo ano que se aproxima.

Eis o link: http://www.rio.rj.gov.br/web/sme/exibeconteudo?id=2696665

Boas Inspirações a todos  e todas!

Acesse e mande notícias para nós!

Trabalhando a Escrita de Textos Instrucionais: regras de brincadeiras

Quem não gosta de uma boa brincadeira? E não vai dizer que brincadeira é coisa só de criança. Agora imagine transformar esse momento tão alegre e discontraído em conteúdo de aprendizagem em sala de aula. Sim, é possível e bastante produtivo.

Discutir as regras de um determinado jogo nem sempre é tarefa fácil se considerarmos a diversidade cultural imbutida nos mesmos. No entanto, é um excelente começo de conversa para se trabalhar com a questão das normas de conduta e regras para o convívio em grupo e o quanto antes essa discussão é iniciada, melhor será a participação dos seus integrantes dentro dele. Que tal a sugestão de um passo a passo?

Alfabetização Matemática


Há tempos que ando (sem sair do lugar! Rs...) querendo conversar sobre esse assunto. Não raro, nós, alfabetizadores, nos deixamos atrelar pela leitura e escrita em detrimento da matemática durante a mediação do processo de alfabetização dos nossos aprendentes-ensinantes. Agindo assim, acabamos por não perceber que no desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático está contido uma enorme variedade de aspectos, que pode auxiliar, e muito, na aprendizagem da leitura e escrita. Isso sem falar no conteúdo  essencial para se estar no mundo atual.

Alguns desses aspectos podem ajudar no reconhecimento e na identificação do traçado das letras: linhas retas, curvas, quantidade de traços, círculo, meio círculo, enfim uma gama de variáveis imagéticas podem ser exploradas e aproveitadas para o bem de todos, alunos e professores.

Letras e números são imagens, e sabemos que são muito mais que isso também. No entanto,  a definição delas é importante para que possamos nos comunicar.

Um pouco mais adiante, podemos trabalhar a sequenciação numérica, tão importante para apoiar o aluno em suas descobertas. Particularmente, gosto muito de apresentar uma tabela numérica, iniciando com uma que vai do 1 ao 50,  excluíndo o 0 (zero) para facilitar a leitura pelo aluno ao pesquisar a tabela para encontrar um número desejado.

O que você pensa sobre isso? Compartilhe conosco!

Forte Abraço!

O que se aprende quando se ouve o professor lendo?


Em releitura do imperdível para nós, alfabetizadores, "Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário", de Délia Lerner (2002), me deparei com os questionamentos da própria autora:

" O que se aprende quando se ouve o professor lendo?"
"Em que momento os sujeitos se apropriam da linguagem dos contos?"

Entre essas e outras perguntas, seguidas das reflexões da Délia, me veio à lembrança o diálogo:

"- Mãe, faz um chafariz aqui pra mim (fazendo referência a uma produção artística - desenho - de livre escolha)?
- Chafariz! Huumm, não sei desenhar bem um chafariz.
- Mãe, faz um igual àquele do Mico Leão!"

Nossa, o que Ana (5 anos de idade) estaria querendo me dizer? Que "raio" de Mico Leão era esse? E o que chafariz tinha a ver com o Mico Leão?  Minha expressão facial falou por si só. E fora explendidamente interpretada pela pequena:

"- Mãe, você não lembra daquela história que você contou pra mim e para a Maria*, a do Mico Leão que adorava tomar banho no chafariz?"

Caramba, realmente eu havia contado essa história durante uma aula para Maria, aluna que frequentava a sala de Atendimento Educacional Especializado. Mas já se passara muito tempo. O ano letivo, inclusive, já havia virado.

Eu, de fato, não me recordei de imediato. Talvez pelo motivo da Ana ter participado do momento da Contação da história de forma incidental. Ela se quer devia estar ali. Não havia planejado contar para ela específicamente. Mas neste ponto exato entraríamos num outro assunto que geraria um bom tópico de discussão: a intencionalidade educativa ou o planejamento pedagógico.

Mas o que vale mesmo, diante dessa exposição é a ressignificação daquilo que fora apreendido por Ana. E ainda mais valerá  se considerarmos a intencionalidade não direcionada a Ana, e sim a Maria.

A pequena, ao ter contato com a história que ouvira da sua mãe, ainda que não direcionada para ela específicamente, assimilou o seu conteúdo, se apropriou dos seus elementos, preservando-os em sua memória e os resgatou num momento posterior de criação artística, através do desenho, espontâneamente.

Creio que esta seja a maior contribuição que nós, professores podemos dar aos nossos alfabetizandos, que é a de oferecer elementos de criação.
Esses elementos, ressignificados, irão compor a história da pequena Ana em seu real processo de (re)construção da leitura e da escrita.

E nos voltamos à pergunta que gerou esta postagem:
O que se apreende quando se ouve o professor lendo?

_________________
(*) Identidade preservada.


Como ajudar seu filho a gostar de ler?

BOM DIA, PARA OS DO DIA,
BOA NOITE, PARA OS DA NOITE!

Curiosamente, ao ligar o computador e clicar no botãozinho da internet, a página que se abre é a do Jornal O Dia. Fico por alguns segundos contemplando tal página e agradecendo a Deus por isso. Meu filho Rodrigo, com seus 24 anos é um leitor pouquíssimo assíduo de jornais ou revistas. Fato esse que provavelmente se deve a uma professora que teve na antiga 1ª série. A professora, na tentativa de ajudá-lo numa melhor organização de seus deveres, arrancava-lhe as folhas do caderno, e isso ocorria sempre. Eu, mãe zeloza, aprendiz do ofício de ensinar (graças a Deus não só a melhoria na organização dos cadernos!), achava o máximo: nossa, essa professora é boa mesmo, quer ver o caderno do meu filho um "brinco"!

Então, pensava que fazendo o mesmo, ia ajudar ainda mais o meu filho, que só para esclarecer, aprendeu a ler aos 6 anos de idade, sem qualquer ajuda extra da mamãe, aprendiz de professora, como já disse. Apenas o ajudava a fazer as tarefas de casa. E lia bastante histórias. Ah, sim. Isso eu fazia muito. E ele amava. Lembro dos seus olhinhos ávidos pelo desenrolar e desfecho das mesmas... E certamente isto contribuiu para que se alfabetizasse tão rápido, em apenas 6 meses!

Bom, mas estáva-mos onde mesmo? Ah, sim, lá na primeira série.  O Rodrigo adorava ouvir histórias, e contava as suas também, tanto que hoje é um excelente "contador de causos e piadas"! Mas escrever era um problema. E como eu reforçava a atitude da professora que arrancava-lhe folhas e mais folhas do seu caderno para que ele escrevesse novamente as tarefas, ele tomou mesmo pavor do ato de escrita.

Uma pena, perderam a professora, que apenas fez valer o seu poder em sala de aula, a mãe, que não suspeitava do mal que causava e o filho, que deixou o trem da escrita na vida e da vida para trás só para não ter que reescrevê-las. Quem sabe alguém não estaria lá para lhe mandar fazer tudo de novo?

Lembro das cartinhas que adorava fazer para mim. Isso antes, claro, de passar pela experiência acima descrita. Algumas guardo até hoje. E não venham me convencer de que ele era um mau escritor! Mas só hoje eu vejo isso...  QUE PENA!
Que pena do mundo por isso. Perdeu também. Deixou de conhecer uma sensibilidade grandiosa, que se esconde até hoje dentro do coração daquele menino, que em suas brincadeiras de hoje, deixa escapar a sua criatividade de ontem, pouco utilizada.

A verdade é que passando os olhos pela página aberta, avistei a reportagem cujo título é o mesmo desta postagem, como ajudar seu filho a gostar de ler? E pensei na contribuição que o meu relato poderia dar aos pais aflitos pela situação de "mau organização" das tarefas de aula no caderno dos seus filhos e outros probleminhas (uns de fato preocupante e outros nem tanto) que a escola inventa e nós pais acreditamos e reforçamos.

Então, quero compartilhar com vocês o artigo publicado no Jornal O Dia Como ajudar seu flho a gostar de ler? A pergunta é respondida por Regina de Assis, Mestra e doutora em Educação e consultora em Educação e Mídia.

PERGUNTA E RESPOSTA
Meu filho tem 8 anos de idade, está na 2ª série e tem dificuldades para ler. Ele Já faz aulas de reforço no colégio. O que mais posso fazer? Lilia Campos, por e-mail
Parabéns por acompanhar de perto os estudos de seu filho, buscando resolver os problemas assim que eles se apresentam. Converse com a/o coordenador/a pedagógico/a da escola dele, para saber melhor como ajudá-lo. Mas posso lhe adiantar que há um recurso muito importante, que você pode desenvolver em casa : ler para seu filho histórias que o interessem e lhe deem prazer e depois pedir que ele as releia para você. Pedir que ele conte suas próprias histórias ou fatos ocorridos no cotidiano, escrevê-las, ler para ele e, novamente, pedir que ele as releia para você. É muito importante que seu filho descubra e valorize o fato de que o que se fala, se escreve, o que se escreve se lê e se volta a falar.
Observe também se a saúde dele está em ordem, especialmente fazendo exame de olhos e ouvidos. Analise ainda se ele tem horários organizados em casa para dedicar tempo aos estudos, sem deixar de brincar com os companheiros, ver um pouco de TV ou jogar. Mas o tempo da leitura é ‘sagrado’ e deve ser agradável e não cansativo ou desinteressante. Seu filho descobrirá, com sua ajuda e da escola, a beleza e importância da leitura em sua vida.







BONS ENCONTROS COM VOSSOS FILHOS E FILHAS!



Literatura na sala de aula – leitura e interação

Prof. Valéria Rosa Poubell






1. Recolher livros da biblioteca da escola, caso haja, para trabalho em sala de aula durante todo o ano letivo

2. Solicitar ao responsável um exemplar para ficar na sala de aula (a ser devolvido no fim do ano).

3. Organizar com as crianças a catalogação dos livros, ou seja, fazer uma lista com eles dos exemplares disponíveis, aproveitando a excelente oportunidade de abordagem de conteúdos: leitura, escrita, ordenação alfabética, estrutura elementar textual (título, autor, editor, ilustrador, etc.).

4. Propor um Círculo de Leitura (que pode ser na própria sala de aula, mas também pode servir de inspiração para uma “aula ao ar livre”, no pátio da escola, por exemplo. A criançada vai se familiarizando com o hábito da leitura sistematizada, além de desenvolver habilidades importantes, como o ouvir, o falar, o raciocinar (apreensão das idéias do texto lido/ ouvido), o pensar criticamente, e a emissão coerente desse pensamento, entre outras.

5. Todo fim de semana, cada aluno escolhe um exemplar, leva para casa e lê. Pode ser sozinho, ou com ajuda (p/ aqueles que ainda não conseguem ler).

6. Fazer fichas de avaliação (simples, como "em sua opinião, a história do livro é: boa, muito boa, ruim ou muito ruim?”; “interessante pouco interessante”; “empolgante, sonolenta”, etc.) com alguma interpretação, o mínimo possível, como por exemplo: Reescreva o título do livro que você leu; Quem são as personagens da história do livro? Represente através de desenho a parte que você achou mais interessante na história.

7. Disponibilizar, durante as aulas, acesso às “Caixas de Leitura”, “Baú do conhecimento”, “Caixinha de Surpresas” (seja qual nome for escolhido pelo professor ou pelos alunos para o local onde ficarão guardados os livros) para livre manuseio pelos alunos, propiciando assim uma leitura prazerosa, sem qualquer “cobrança”.

8. Propor reescritos textuais de histórias lidas e apresentadas nos Círculos de Leitura, como uma das estratégias de desenvolvimento da produção escrita através do “pensamento sobre a escrita”.

9. E muitas outras possibilidades que a sua criatividade de professor, comprometido, eficiente e esperançoso é capaz de alcançar!

A importância do trabalho em grupos

O TRABALHO EM EQUIPE


O trabalho em equipe, um termo que se emprega com freqüência nas salas de aula, depende da organização e desenvolvimento das atividades que os professores mantenham.

Trabalhar em equipe é um modelo que vem sendo seguido e tem se modificado ao longo do tempo, agora se tem dado mais valor a aprendizagem cooperativa, isto é, um grupo de alunos trabalham em equipe e o resultado deste trabalho deve refletir que todos e cada um deles tenham trabalhado com a informação de igual maneira.

Sabemos que este seria o modelo ideal, porém quando o trabalho não foi recíproco, que fazer? Os professores devem orientar seus alunos a adquirirem destrezas sociais cooperativas que tenham como resultado a habilidade de trabalhar em grupo.

Alguns elementos dos grupos de aprendizagem cooperativa que os profissionais em psicologia educacional, entre outros, descobriram são:

  • trabalho cara a cara
  • interdependência positiva
  • responsabilidade individual
  • destrezas colaborativas
  • processamento grupal

Este conjunto de elementos evidencia que ainda que se trabalhe em equipe, a aprendizagem também é individual.

Do mesmo modo, existem alguns padrões para estabelecer os grupos cooperativos.

Faz-se o planejamento do tamanho do grupo, que varia de acordo com as metas de aprendizagem traçadas,

Se esta é para repassar ou praticar uma informação bastará que as equipes sejam pequenas, entre 4 a 6 alunos; enquanto se o propósito for debater, fomentar a participação e resolver problemas, então os grupos seriam de tamanho maior.

É indispensável que os professores vigiem os grupos para verificar se todos contribuem, participam e aprendem; da mesma maneira o professor destinará aos alunos diversas funções para apoiar a aprendizagem, funções tais como o fomento, a discussão, a chuva de idéias, sondagens e criatividade.

Entre outros modelos, estão também várias dinâmicas como, por exemplo: perguntas que seriam respondidas entre os alunos, repartindo em turnos aqueles que perguntam e os que respondem; isto pode ser feito mediante o uso de tiras de papel e assim todos participam dirigindo um diálogo e obtendo aprendizagem cooperativa.

A leitura prévia de um texto e depois a resolução de problemas e dúvidas, resumos e ao final uma correção que permitiria compartilhar com os outros alunos, também pode ser usada com proveito.

Cabe ainda indicar que tudo o que foi dito anteriormente não pode ser concretizado sem um planejamento e supervisão cuidadosa do professor e do grupo, e é um processo, pois nossos alunos não foram acostumados a trabalhar corretamente em grupos.



Contação de história - a raça negra em questão


Uma história para encantar e se desdobrar


Menina Bonita do Laço de Fita

(Ana Maria Machado)

Posted By Historias Infantis On Maio 9, 2008 @ 10:28 In Histórias Infantis G-O


Era uma vez uma menina linda, linda. Os olhos dela pareciam duas azeitonas pretas, daquelas bem brilhantes. Os cabelos eram enroladinhos e bem negros, feito fiapos da noite. A pele era escura e lustrosa, que nem o pêlo da pantera negra quando pula na chuva.

Ainda por cima, a mãe gostava de fazer trancinhas no cabelo dela e enfeitar com laço de fita colorida. Ela ficava parecendo uma princesa das Terras da África, ou uma fada do Reino do Luar.

Do lado da casa dela morava um coelho branco, de orelha cor-de-rosa,
olhos vermelhos e focinho nervoso sempre tremelicando. O coelho achava a menina a pessoa mais linda que ele tinha visto em toda a vida. E pensava:

- Ah, quando eu casar quero ter uma filha pretinha e linda que nem ela…

Por isso, um dia ele foi até a casa da menina e perguntou:
- Menina bonita do laço de fita, qual é teu segredo pra ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:

- Ah, deve ser porque eu caí na tinta preta quando era pequenina...

O coelho saiu dali, procurou uma lata de tinta preta e tornou banho nela. Ficou bem negro, todo contente. Mas aí veio uma chuva e lavou aquele pretume, ele ficou branco outra vez.

Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:
- Menina bonita do laço de fita, qual é teu segredo pra ser tão pretinha?

A menina não sabia, mas inventou:

- Ah, deve ser porque eu tomei muito café quando era pequenina.
O coelho saiu dali e tomou tanto café que perdeu o sono e passou a noite toda fazendo xixi. Mas não ficou nada preto.

Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:
- Menina bonita do laço de fita, qual é teu segredo pra ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:

- Ah, deve ser porque eu comi muita jabuticaba quando era pequenina.

O coelho saiu dali e se empanturrou de jabuticaba até ficar pesadão, sem conseguir sair do 1ugar. O máximo que conseguiu foi fazer muito cocozinho preto e redondo feito jabuticaba. Mas não ficou nada preto. Por isso, daí a alguns dias ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:

- Menina bonita do laço de fita, qual é teu segredo pra ser tão pretinha?

A menina não sabia e já ia inventando outra coisa, uma história de feijoada, quando a mãe dela, que era uma mulata linda e risonha, resolveu se meter e disse:

- Artes de uma avó preta que ela tinha…

Aí o coelho - que era bobinho, mas nem tanto - viu que a mãe da menina devia estar mesmo dizendo a verdade, porque a gente se parece sempre é com os pais, os tios, os avós e até com os parentes tortos. E se ele queria ter uma filha pretinha e linda que nem a menina, tinha era que procurar uma coelha preta para casar.

Não precisou procurar muito. Logo encontrou uma coelhinha escura
como a noite, que achava aquele coelho branco uma graça.

Foram namorando, casando e tiveram uma ninhada de filhotes, que coelho quando desanda a ter filhote não pára mais.

Tinha coelho pra todo gosto: branco, bem branco, branco meio cinza,
branco malhado de preto, preto malhado de branco e até uma coelha
bem pretinha. já se sabe, afilhada da tal menina bonita que morava na casa ao lado.

E quando a coelhinha saía, de laço colorido no pescoço, sempre encontrava alguém que perguntava:

- Coelha bonita do laço de fita, qual é teu segredo pra ser tão pretinha?
E ela respondia:

- Conselhos da mãe da minha madrinha…



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