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Estratégias de Avaliação e Organização de Portfólio

ROTEIRO/ ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO PORTFÓLIO
Análise Evolutiva do desenvolvimento da Aprendizagem

LEITURA E ESCRITA
LINGUAGEM MATEMÁTICA
ATIVIDADES
- Leitura e Interpretação de Texto
- Produção Textual
- Conhecimento Linguístico
- noções de quantidade;
- sistema de numeração decimal;
- operações fundamentais.
AVALIAÇÃO
Leitura Oral
Interpretação de Texto
Produção Textual (2)
Criação de uma situação problema de forma coletiva e permitir que o aluno faça uso de diferentes sistemas de notação de acordo com seu estágio de aprendizagem.

Como avaliar?
1.     ESCRITA
PRODUÇÃO TEXTUAL (2 tipos diferentes de textos)
a) Uma produção textual de estrutura narrativa (o aluno poderá contar histórias fictícias ou não).
O tema poderá ser de qualquer assunto abordado ao longo do período letivo, para que o aluno tenha propriedade do que vai escrever. Sendo necessário ler, ouvir, debater, pesquisar o assunto que o aluno poderá escrever. Os temas poderão ser diferentes podendo ser de acordo com a identificação de cada um;
b) Uma Produção Textual de outra estrutura narrativa (bilhete, lista, carta, etc).
A estrutura narrativa poderá ser diferente para cada aluno vai depender do nível em que cada um se encontra.
Intervenção do Professor:
Conclua a atividade com uma reescrita coletiva de um dos textos produzidos por um dos alunos (escolha com o grupo). Esta reescrita não fará parte do portfólio.
 Sugere-se que o  professor não corrija a escrita original do aluno, pois o mesmo fará parte do portfólio, servindo assim para uma análise evolutiva, mas deverá fazer a reescrita coletiva do texto (escolher com o grupo qual/quais) fazendo todas as  intervenções necessárias.
O que avaliar na produção textual?
Diretrizes para encaminhamento da atividade avaliativa
Ter o que dizer
Ter para quem dizer
Ter motivo para dizer
Ter como dizer
O conhecimento linguístico (gramática)  será avaliado dentro da produção textual.

2.     LEITURA
Leitura oral – (primeiro deixar o sujeito ler do jeito que ele quiser depois o professor realiza a intervenção)
Acrescentar uma  tabela de avaliação da leitura (a escolher)
O que avaliar na leitura?
Estratégias Cognitivas de Leitura: Interferência e Seleção
Como é a dinâmica de leitura do aluno
Fluência
Ritmo
Entonação
Nível de compreensão
Interferência: deduzir o que vem depois/antecipar
Fazer dedução (fazer perguntas ao aluno, você acha que isso vem depois?). Você acha que esse texto passa onde? Entre outras
Interpretação de Texto (o mesmo texto proposto para a leitura oral)

Registro do aluno
- Antecipa o assunto, fatos ou detalhes? (Estratégia cognitiva leitura: inferência)
-Seleciona aspectos solicitados pelo professor? (Estratégia cognitiva leitura: seleção)

PARA COMPOR O PORTFÓLIO
1) Língua Portuguesa:
  1. Texto narrativo do aluno (escrita livre)
  2. Texto de qualquer estrutura narrativa (escrita livre)
  3. Leitura Oral- copia do texto  (o mesmo texto que o aluno realizara a interpretação)
  4. Interpretação de Texto
2) Matemática:
a.       Situação problema
b.      Operações fundamentais

3) Registros
  1. Relatório Descritivo - Fazer a analise de estudo desse trabalho apresentando a evolução do aluno ao longo do período que esteve no projeto, como o aluno chegou e como ele está.
  2. Análise evolutiva do desenvolvimento do aluno (pode ser através de fichas, tabelas ou gráficos).

Composição do Portfólio do PROFESSOR
Apresentação do Projeto desenvolvido (Introdução)
Texto sobre a organização do Portfolio
Ficha de Avaliação Diagnóstica em Leitura e Escrita (quadro demonstrativo – há diversos modelos a serem utilizados, com ou sem gráficos)
Relatório geral da turma
Frequência (controle de frequência mensal e dias letivos)
Quadro de Avaliação da Leitura (modelo a escolher)
Planilha com os conceitos (evolução do desempenho dos alunos)
Avaliação Diagnostica e Final (modelos a escolher)
Gráfico: Diagnostico da escrita
Gráfico: Objetivos em Língua Portuguesa
Relatório Final

Composição do Portfólio do ALUNO
Identificação do Aluno;
Relato avaliação Diagnostica e Relato Avaliação Final
Avaliação Diagnostica: Produção do aluno
Produções mensais
Ficha de Habilidades em Língua Portuguesa (a escolher)
Ficha de Habilidade em Matemática (a escolher)
Avaliação Final
Uma produção de texto narrativo e uma produção de qualquer outra estrutura textual
Textos para leitura (níveis de acordo com as possibilidades de leitura de cada aluno)
Interpretação correspondente ao texto lido
Atividades de Matemática

 Noções de quantidade, sistema de numeração decimal e operações fundamentais.

Projetos de Leitura: explorando as diferentes modalidades


 Projetos de leitura
A característica básica necessária a um projeto, seja ele de leitura ou não, é que ele tenha um objetivo compartilhado por todos os envolvidos, que se expressa num produto final em função do qual todos trabalham. Além disso, os projetos permitem dispor do tempo de uma forma flexível, pois o tempo tem o tamanho necessário para conquistar o objetivo: pode ser de alguns dias ou de alguns meses. Quando são de longa duração têm ainda a vantagem adicional de permitir o planejamento de suas etapas com os alunos.

São ocasiões em que eles podem tomar decisões sobre muitas questões: controlar o tempo, dividir e redimensionar as tarefas, avaliar os resultados em função do plano inicial, etc.

Os projetos são situações em que linguagem oral, linguagem escrita, leitura e produção de textos se inter-relacionam de forma contextualizada, pois quase sempre envolvem tarefas que articulam esses diferentes conteúdos. São situações lingüisticamente significativas, em que faz sentido, por exemplo, ler para escrever, escrever para ler, ler para decorar, escrever para não esquecer, ler em voz alta em tom adequado. Nos projetos em que é preciso expor ou ler oralmente para uma gravação que se destina a pessoas ausentes, por exemplo, uma circunstância interessante se apresenta: o fato de os interlocutores não estarem fisicamente presentes obriga a adequar a fala ou a leitura a fim de favorecer sua compreensão, analisando o tom de voz e a dicção, planejando as pausas, a entonação, etc. Os projetos de leitura são excelentes situações para contextualizar a necessidade de ler e, em determinados casos, a própria leitura oral e suas convenções.

Alguns exemplos de projetos de leitura: produção de fita cassete de contos ou poemas lidos para a biblioteca escolar ou para enviar a outras instituições; produção de vídeos (ou fitas cassete) de curiosidades gerais sobre assuntos estudados ou de interesse; promoção de eventos de leitura numa feira cultural ou exposição de trabalhos.

Atividades sequenciadas de leitura

São situações didáticas adequadas para promover o gosto de ler e privilegiadas para desenvolver o comportamento do leitor, ou seja, atitudes e procedimentos que os leitores assíduos desenvolvem a partir da prática de leitura: formação de critérios para selecionar o material a ser lido, constituição de padrões de gosto pessoal, rastreamento da obra de escritores preferidos, etc.

Funcionam de forma parecida com os projetos — e podem integrá-los, inclusive —, mas não têm um produto final predeterminado: neste caso o objetivo explícito é a leitura em si. Nas atividades sequenciadas de leitura pode-se, temporariamente, eleger um gênero específico, um determinado autor ou um tema de interesse.

Atividades permanentes de leitura

São situações didáticas propostas com regularidade e voltadas para a formação de atitude favorável à leitura. Um exemplo desse tipo de atividade é a “Hora de...” (histórias, curiosidades científicas, notícias, etc.). Os alunos escolhem o que desejam ler, levam o material para casa por um tempo e se revezam para fazer a leitura em voz alta, na classe. Dependendo da extensão dos textos e do que demandam em termos de preparo, a atividade pode se realizar semanalmente ou quinzenalmente, por um ou mais alunos a cada vez. Quando for pertinente, pode incluir também uma breve caracterização da obra do autor ou curiosidades sobre sua vida.

Outro exemplo é o que se pode chamar “Roda de Leitores”: periodicamente os alunos tomam emprestado um livro (do acervo de classe ou da biblioteca da escola) para ler em casa. No dia combinado, uma parte deles relata suas impressões, comenta o que gostou ou não, o que pensou, sugere outros títulos do mesmo autor ou conta uma pequena parte da história para “vender” o livro que o entusiasmou aos colegas.

Leitura feita pelo professor

Além das atividades de leitura realizadas pelos alunos e coordenadas pelo professor há as que podem ser realizadas basicamente pelo professor. É o caso da leitura compartilhada de livros em capítulos, que possibilita aos alunos o acesso a textos bastante longos (e às vezes difíceis) que, por sua qualidade e beleza, podem vir a encantá-los, ainda que nem sempre sejam capazes de lê-los sozinhos.

A leitura em voz alta feita pelo professor não é uma prática muito comum na escola. E, quanto mais avançam as séries, mais incomum se torna, o que não deveria acontecer, pois, muitas vezes, são os alunos maiores que mais precisam de bons modelos de leitores.

Na escola, uma prática de leitura intensa é necessária por muitas razões. Ela pode:

• ampliar a visão de mundo e inserir o leitor na cultura letrada;
• estimular o desejo de outras leituras;
• possibilitar a vivência de emoções, o exercício da fantasia e da imaginação;
• permitir a compreensão do funcionamento comunicativo da escrita: escreve-se para ser lido;
• expandir o conhecimento a respeito da própria leitura;
• aproximar o leitor dos textos e os tornar familiares — condição para a leitura fluente e para a produção de textos;
• possibilitar produções orais, escritas e em outras linguagens;
• informar como escrever e sugerir sobre o que escrever;
• ensinar a estudar;
• possibilitar ao leitor compreender a relação que existe entre a fala e a escrita;
• favorecer a aquisição de velocidade na leitura;
• favorecer a estabilização de formas ortográficas.

Leitura Diária

O trabalho com leitura deve ser diário. Há inúmeras possibilidades para isso, pois a leitura pode ser realizada:

• de forma silenciosa, individualmente;
• em voz alta (individualmente ou em grupo) quando fizer sentido dentro da atividade; e
• pela escuta de alguém que lê.

No entanto, alguns cuidados são necessários:

• toda proposta de leitura em voz alta precisa fazer sentido dentro da atividade na qual se insere e o aluno deve sempre poder ler o texto silenciosamente, com antecedência — uma ou várias vezes;
• nos casos em que há diferentes interpretações para um mesmo texto e faz-se necessário negociar o significado (validar interpretações), essa negociação precisa ser fruto da compreensão do grupo e produzir-se pela argumentação dos alunos. Ao professor cabe orientar a discussão, posicionando-se apenas quando necessário;
• ao propor atividades de leitura convém sempre explicitar os objetivos e preparar os alunos. É interessante, por exemplo, dar conhecimento do assunto previamente, fazer com que os alunos levantem hipóteses sobre o tema a partir do título, oferecer informações que situem a leitura, criar um certo suspense quando for o caso, etc.;
• é necessário refletir com os alunos sobre as diferentes modalidades de leitura e os procedimentos que elas requerem do leitor. São coisas muito diferentes ler para se divertir, ler para escrever, ler para estudar, ler para descobrir o que deve ser feito, ler buscando identificar a intenção do escritor, ler para revisar. É completamente diferente ler em busca de significado — a leitura, de um modo geral — e ler em busca de inadequações e erros — a leitura para revisar. Esse é um procedimento especializado que precisa ser ensinado em todas as séries, variando apenas o grau de aprofundamento em função da capacidade dos alunos. 

Leitura Colaborativa

A leitura colaborativa é uma atividade em que o professor lê um texto com a classe e, durante a leitura, questiona os alunos sobre as pistas linguísticas que possibilitam a atribuição de determinados sentidos. Trata-se, portanto, de uma excelente estratégia didática para o trabalho de formação de leitores. É particularmente importante que os alunos envolvidos na atividade possam explicitar para os seus parceiros os procedimentos que utilizam para atribuir sentido ao texto: como e por quais pistas linguísticas lhes foi possível realizar tais ou quais inferências, antecipar determinados acontecimentos, validar antecipações feitas, etc. A possibilidade de interrogar o texto, a diferenciação entre realidade e ficção, a identificação de elementos discriminatórios e recursos persuasivos, a interpretação de sentido figurado, a inferência sobre a intencionalidade do autor, são alguns dos aspectos dos conteúdos relacionados à compreensão de textos, para os quais a leitura colaborativa tem muito a contribuir. A compreensão crítica depende em grande medida desses procedimentos.

Uma prática intensa de leitura na escola é, sobretudo, necessária, porque ler ensina a ler e a escrever.
_____
Fonte: Parâmetros Curriculares Nacionais para a Educação Básica– Língua Portuguesa.


Alfabetização e Movimentos Sociais

Alfabetização e Movimentos Sociais: uma via necessária à conscientização e a preparação dos pequenos e grandes cidadãos para o verdadeiro exercício de cidadania no Brasil. Sugiro palavras-chave a partir do tema: vida/ cidade/ rua/ população.



Como trabalhar um mesmo conteúdo com diferentes níveis de aprendizagens em sala de aula?

(grupo de alunos meus em classe de alfabetização realizando atividade diversificada enquanto eu atuo numa intervenção mais direta com outro grupo em atividade de leitura e escrita individual)
Uma leitora me enviou a pergunta acima e sei que a questão se constitui, em minha opinião, num dos maiores desafios a serem enfrentados numa sala de aula alfabetizadora.

Já sabemos que cada ser aprendente (o aluno em fase de alfabetização, seja criança, adolescente ou adulto) carrega consigo, para onde quer que vá, a sua história de vida. E ao longo desses vinte aninhos recém completados no magistério (oficiais, pois se considerar os oficiosos, vai bem mais longe ainda) posso dizer com grande conforto que é na sala de aula, onde reside o nosso olhar atento e a nossa escuta sensível, como diz a minha eterna mestra querida, a Prof. Dra. Paula Cid Lopes, que essa história de vida se revelará em capítulos cheios de aventuras e emoções - muitas emoções, diga-se de passagem.

De história em história, todos nós vamos tecendo o nosso aprendizado ao longo da vida. E como trabalhar em sala de aula o mesmo conteúdo para um grupo de alunos com histórias tão diferenciadas de aprendizados?  Vou tentar descrever como encaminho o trabalho com classes de alfabetização em relação aos diferentes níveis em que se encontram os alunos em fase de alfabetização.

Contação de História e Prática de Escrita


Quem, caso já tenha sido apresentado ou apresentada, consegue ficar imparcial ao ouvir e cantar as músicas da nossa Bia Bedran? Dizem por aí que a Bia participou da infância de diversas gerações. Mas como explicar o sucesso enorme que ela faz junto a nós, grandões e grandonas? Mais abaixo, sugestões de atividades de leitura e escrita.

A experiência antropológica como forma de alfabetização

Uma experiência pessoal muito marcante  enquanto caçadora de conhecimentos relacionados à prática profissional foi a participação no curso de extensão da UFF (2009)  "Pintura e Escrita: confluências da verbalidade e do olhar nas classes de alfabetização", ministrado pelo Prof. Dr. Armando M. Barros.  (re)Aprendi a lançar um novo olhar acerca daquilo que já vinha praticando há tempo, mas não enxergava tão bem: alfabetizar a partir da experiência antropológica, ou seja, partindo da história de vida do sujeito aprendente, lançando mão de imagens pictóricas, fotografias, oralituras pessoais e coletivas...

Ciranda do Anel, de Bia Bedran - Parte II

Este post visa complementar o anterior, que versa sobre a cantiga de roda "Ciranda do Anel", de Bia Bedran. Veja-o aqui.

As atividades que seguem objetivam proporcionar aos alunos uma reflexão consciente sobre a construção da escrita, momento em que eles podem confrontar as suas hipóteses atuais com outras próprias elaboradas no momento da atividade, ou aquelas elaboradas pelos colegas, constituindo assim, uma nova estrutura mental sobre a linguagem oral e escrita.

Disponibilizo também uma amostra do acervo musical da cantora, de títulos do seu acervo literário e um vídeo de Contação de História do próprio acervo profissional da cantora na web.

Ciranda do Anel, de Bia Bedran


Olá, minha gente!
Compartilho um texto clássico, de tipologia poética, que já faz parte do nosso universo cultural musical há tempos. Entra ano e sai ano ele canta e encanta os nossos corações (nós, grandões) e principalmente os de nossas crianças. Refiro-me a música "Ciranda do anel", de Bia Bedran. E o melhor de tudo é que pode dar bastante "pano para as nossas mangas" alfabetizadoras.
Partindo da audição, dramatização e leitura da letra da música, disponibilizo uma seleção de etapas para o encaminhamento da proposta de alfabetização através de obras da literatura infantil. Espero que gostem, critiquem e opinem.
Clique no link abaixo para ler mais.

Material de Atividades Pedagógicas - Modelos para adaptação


(Disponível em: http://rclatosensu.blogspot.com/2011/10/receita-do-bom-professor.html)


Aqueles que nos acompanham sabem bem que não gosto muito de "recomendar" atividades pedagógicas prontas, pois entendo que cada grupo é um grupo diferenciado e, por isso, as atividades devem ser adequadas às necessidades de cada um. Mas como ninguém cria do nada o tempo todo, ADAPTAR  é uma ótima opção. Então, sugiro e disponibilizo um link que os levará a um site que contém atividades pedagógicas que servem bem ao propósito para pensarmos uma intervenção bem bacana para o próximo ano que se aproxima.

Eis o link: http://www.rio.rj.gov.br/web/sme/exibeconteudo?id=2696665

Boas Inspirações a todos  e todas!

Acesse e mande notícias para nós!

Processos Alternativos de Alfabetização: só para adultos?



“Leituras e escrituras numa Educação Popular”
Por Valéria Rosa Poubell:
In trabalho monográfico de final de curso de
Pós-graduação em Alfabetização – Puc/ 2002.

A visão que tenho de processo de alfabetização é aquele que é capaz de proporcionar ao educando meios de interagir de forma independente, autônoma e crítica frente ao mundo letrado. Devemos crer que para tanto, este processo deve contemplar o “ir além” das letras, fonemas, palavras e frases soltas e descontextualizadas. Mas o que oferecer aos alunos da EJA?

Avaliação processual: diagnosticando para enturmar e ensinar

Fim do ano se aproximando... hora de verificar pra valer o que os alunos aprenderam até então.

Considero importante, para um caminhar mais sólido e eficaz, um diagnóstico rigoroso para avaliar o nível de aprendizado dos alunos. Penso que é importante também termos em mente que o aluno aprende além de nós, os professores. As ruas por onde passam, os ônibus que viajam, os inúmeros cartazes, panfletos e escrituras em muros são aportes textuais alfabetizadores além escola. Precisamos estar atentos a isto para não subvalorizarmos os saberes dos nossos aprendentes. Então, que tal dar uma olhada neste vídeo oportunizado pela Revista Nova Escola?



Observa-se que o vídeo sugere uma avaliação diagnóstica inicial, no entanto, tal instrumento pode ser utilizado ao longo de todo o processo, em períodos espaçados, conforme necessidade. Assim, ele servirá de apoio ao trabalho do professor e também ajudará na enturmação mais apropriada para o ano seguinte.

Alfabetização através de histórias infantis - Livro A bota do bode

Alfabetizando crianças com histórias


Sugestão: A bota do bode (Mary e Eliardo França)

Um livro de literatura infantil em que a fantasia e a realidade se fundem e abrem espaço para a criatividade. Através dele, o universo infantil literário se alarga como uma mágica. A mágica da ludicidade. E, acima de tudo, contempla o objetivo de alfabetizar crianças, uma vez que utiliza linguagem altamente acessível, com frases que se repetem e que podem ser utilizadas de diversas formas para facilitar a construção da leitura e da escrita, sempre acompanhada da mediação/ intervenção eficaz do professor.

Gostaria de salientar, aos críticos (muito bem vindos nesta página) que, tenho ciência de que bodes não usam botas, e que muitas crianças sequer conhecem um bode. Mas entendo que, dependendo da maneira como conduzimos o processo de alfabetização, defendendo sempre a construção coletiva e a subjetiva por parte do leitor, que este não é apenas um observador, ele interage e age na construção do simbólico e do real. O desenrolar da história, prioritariamente infantil, leva a imaginação da criança a construir laços com o imponderável, o absurdo e até mesmo a relacionar com a realidade, o que transparece no incidente: o bode espia um objeto estranho largado ao tempo e espaço e cai neste objeto, se calçando de uma bota,  que depois de transitar por espaços de outros animais, mais adiante na história se transformará num aconchegante abrigo para gatinhos desabrigados.

Perceber o quanto de realidade pode ser extraída da história é nossa tarefa primordial, porém, explorar a imaginação e a fantasia da criança em busca dessa realidade é tarefa riquíssima na constituição de um processo de alfabetização permeado de sentidos, a partir dos afetos e das reconstruções simbólicas, altamente presentes em nosso cotidiano.

Compartilho com vocês algumas sugestões de encaminhamentos de atividades de leitura e escrita que desenvolvi com alguns grupos de alunos.  Mas relembro que: cada grupo é um grupo, e cada aluno é um aluno em sua especificidade e as adaptações são sempre necessárias. Além do mais, o objetivo do trabalho com a leitura do livro deve, antes de tudo, ser bem definido (ampliar o vocabulário oral, despertar e ampliar o prazer de ler, compreender o simbólico, o imaginário e o real, o estudo de fonemas específicos, etc).

Lembro que suas críticas e sugestões são muito bem vindas e me ajuda a sair do lugar.

1- Relacionar cenas da história às frases contidas no livro.

2- Relacionar nomes aos desenhos.


3- Autoditado recortado (banco de palavras).




4- Reconstrução da história através da organização do pensamento.

5- Escrita de frases trabalhadas oralmente - escrita de memória (uso do pensamento para a escrita: "Escreva do seu jeito, mas não de qualquer jeito, utilize o seu pensamento sobre as frases que nós lemos juntos!").

Importante aqui, nesta etapa é que ela se dê após um trabalho de remontagem textual coletiva, por frases e palavras.

6- Trabalhando outros gêneros/ tipologias textuais a partir da história já lida: HQ - História em Quadrinhos



Trabalhando a Escrita de Textos Instrucionais: regras de brincadeiras

Quem não gosta de uma boa brincadeira? E não vai dizer que brincadeira é coisa só de criança. Agora imagine transformar esse momento tão alegre e discontraído em conteúdo de aprendizagem em sala de aula. Sim, é possível e bastante produtivo.

Discutir as regras de um determinado jogo nem sempre é tarefa fácil se considerarmos a diversidade cultural imbutida nos mesmos. No entanto, é um excelente começo de conversa para se trabalhar com a questão das normas de conduta e regras para o convívio em grupo e o quanto antes essa discussão é iniciada, melhor será a participação dos seus integrantes dentro dele. Que tal a sugestão de um passo a passo?

Alfabetização com a turma da Mônica



Qual criança, jovem ou adulto, caso já tenha sido apresentado, que não gosta das personagens criadas por Mauricio de Souza? E mesmo os que vão ter contato pela primeira vez, dificilmente não se apaixonarão.

Apresento aqui um trabalho que foi desenvolvido a partir das histórias em quadrinhos e sugestões de atividades de leitura e escrita a serem desenvolvidas a partir da tipologia textual História em Quadrinho (HQ)...

História e Geografia: integração a favor da alfabetização?

Por: Valéria Rosa Poubell
Trabalho do Curso de Pós-graduação da UNESA/ 2007 - Alfabetização: concepções e perspectivas


A Geografia não é mais que a História no espaço.
Reclus

O mundo em que vivemos é marcado pela sobrevivência como um desafio constante, face ao acelerado crescimento do desenvolvimento tecnológico com o qual convivemos. Temas como alimentos transgênicos, globalização, aquecimento do planeta, altos índices de desemprego, baixos salários daqueles que estão empregados, dentre outros percalços sociais, são veiculados numa velocidade inassimilável, dado o volume de informações disponibilizadas pelos meios de comunicação de massa e drasticamente alterados com a popularização da Internet.
(Imagem disponível na Web)
Voltando-se o olhar para o objetivo que movimenta a escrita deste texto – pensar a integração das disciplinas de história e geografia na educação de crianças, jovens e adultos, somos levados a pensar nos objetivos atuais do ensino das referidas disciplinas. E assim, buscar, selecionar e organizar conteúdos que atendam aos objetivos propostos. Mas é importante que se atente para a significação e a aplicabilidade destes conteúdos na vida cotidiana dos educandos.

O que se aprende quando se ouve o professor lendo?


Em releitura do imperdível para nós, alfabetizadores, "Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário", de Délia Lerner (2002), me deparei com os questionamentos da própria autora:

" O que se aprende quando se ouve o professor lendo?"
"Em que momento os sujeitos se apropriam da linguagem dos contos?"

Entre essas e outras perguntas, seguidas das reflexões da Délia, me veio à lembrança o diálogo:

"- Mãe, faz um chafariz aqui pra mim (fazendo referência a uma produção artística - desenho - de livre escolha)?
- Chafariz! Huumm, não sei desenhar bem um chafariz.
- Mãe, faz um igual àquele do Mico Leão!"

Nossa, o que Ana (5 anos de idade) estaria querendo me dizer? Que "raio" de Mico Leão era esse? E o que chafariz tinha a ver com o Mico Leão?  Minha expressão facial falou por si só. E fora explendidamente interpretada pela pequena:

"- Mãe, você não lembra daquela história que você contou pra mim e para a Maria*, a do Mico Leão que adorava tomar banho no chafariz?"

Caramba, realmente eu havia contado essa história durante uma aula para Maria, aluna que frequentava a sala de Atendimento Educacional Especializado. Mas já se passara muito tempo. O ano letivo, inclusive, já havia virado.

Eu, de fato, não me recordei de imediato. Talvez pelo motivo da Ana ter participado do momento da Contação da história de forma incidental. Ela se quer devia estar ali. Não havia planejado contar para ela específicamente. Mas neste ponto exato entraríamos num outro assunto que geraria um bom tópico de discussão: a intencionalidade educativa ou o planejamento pedagógico.

Mas o que vale mesmo, diante dessa exposição é a ressignificação daquilo que fora apreendido por Ana. E ainda mais valerá  se considerarmos a intencionalidade não direcionada a Ana, e sim a Maria.

A pequena, ao ter contato com a história que ouvira da sua mãe, ainda que não direcionada para ela específicamente, assimilou o seu conteúdo, se apropriou dos seus elementos, preservando-os em sua memória e os resgatou num momento posterior de criação artística, através do desenho, espontâneamente.

Creio que esta seja a maior contribuição que nós, professores podemos dar aos nossos alfabetizandos, que é a de oferecer elementos de criação.
Esses elementos, ressignificados, irão compor a história da pequena Ana em seu real processo de (re)construção da leitura e da escrita.

E nos voltamos à pergunta que gerou esta postagem:
O que se apreende quando se ouve o professor lendo?

_________________
(*) Identidade preservada.


Leitura, escrita e alfabetização - histórias que se entrelaçam


Valéria Poubell, professora alfabetizadora, In Fórum de Professores
 Pesquisadores: “O fracasso escolar como forma de exclusão social
dos alunos das classes sociais menos favorecidas do nosso país”(2006)




A interpretação de sons, ainda dentro do útero; de imagens, a do rosto da nossa mãe no momento em que nos deixamos ver neste mundo; de gestos, toques, olhares e mais lá na frente, palavras e imagens mais complexas, a do mundo a nossa volta, tudo isso faz parte da nossa aprendizagem desde o nosso nascimento.


Todo processo de aprendizagem dos indivíduos é mediado pela escola no momento que entramos nela. E tudo aquilo que aprendemos ou não, anteriormente, será potencializado positiva ou negativamente. Neste cenário – de processos bem ou mal sucedidos até então – se apresentará a leitura e a escrita. Paulo Freire (1986) já nos disse que ler o mundo precede ler as palavras do mundo. Eu diria que escrever as palavras do mundo é resultado da escrita da nossa própria história de vida, que escrevemos com ou sem uma letra sequer, se considerarmos as culturas ágrafas existentes. 

Os nossos traços de identidade, intensamente impregnados das nossas histórias de vida, merecem toda atenção nos processos de aprendizagem da leitura e da escrita do mundo. Sabe-se que ainda hoje estes são visivelmente desprezados pela escola. Muito mais que discutir a definição ou escolher entre a alfabetização e o letramento é importante capacitar as pessoas, sejam crianças, jovens ou adultos, para a leitura e a escrita eficiente no mundo. Mas como aproximar eficientemente os sujeitos dos conteúdos de aprendizagem?

Ler e escrever vai muito além de alfabetizar-se. Ler significa “ler o mundo” sim, e através da leitura desse mundo, o indivíduo deve ser capaz de escrever a sua própria história no mundo, perceber o momento de modificar o seu rumo e lançar estratégias eficazes para que a transformação ocorra, utilizando-se da leitura e da escrita como ferramentas para alcançar o seu objetivo. Ler no mundo é perceber a história de vida como uma história que se entrelaça com a história do próprio mundo, onde residem as relações sociais, culturais e econômicas e, portanto, também passiveis de transformação.

Ao nascerem, as pessoas inscrevem-se na história do seu país que, por sua vez, compõe a história do mundo, assumindo um tempo só seu num mundo perverso em suas relações sociais e produções de conhecimento. E estes mesmos indivíduos, matriculados numa escola, só serão capazes de se transformar e mudar o seu meio social se forem instrumentalizados de maneira sólida, através de um currículo organizado de acordo com as suas reais necessidades. 

A valorização dessas histórias e dos seus entrelaces, precisa ser resgatada pela escola que pretende promover a leitura e a escrita de forma eficiente – a leitura para o mundo. Para que aprendemos a ler se esta leitura não nos permite interpretar as relações que se estabelecem no mundo atual? Quantos de nós somos capazes de entender uma instrução dada somente lendo essa instrução? Nós, professores, provavelmente vamos precisar de duas ou três voltas ao texto. E nossos alunos? Que competência estamos desenvolvendo se a maioria não consegue interpretar uma frase instrutiva, ou um texto simples? 

Estamos presos ainda na transmissão de regras ortográficas e normas gramaticais - que tem a importância necessária ate o ponto que nos fazemos entender pelo outro – e nos esquecemos que o “Word” faz isso por nós! E não venha dizer “– e se nosso computador quebrar, como vamos nos virar?” Te digo: sempre há uma Lan House por perto e os nossos alunos sabem bem disso. Alfabetizar é ensinar a utilizar o Word, pois ele está no mundo, no mundo das relações sociais possibilitando que o indivíduo escreva a sua história de vida através dele, ou outro qualquer que o substitua. 

E mesmo os nossos alunos das classes menos favorecidas economicamente sabem o identificar a relação de poder que existe entre os que sabem utilizar o computador como ferramenta para enfrentar os desafios do mundo atual e os que sequer sabem ligá-lo. Famílias, alunos e sociedade, todos sabem o valor que tem um e-mail, bem contextualizado e fundamentado, enviado como reclamação por um direito não atendido ou violado, ou como agradecimento pelas melhorias na comunidade em que vive. Este é o legado mais valioso da escola para os seus alunos: a leitura e a escrita da vida para a vida, do mundo para o mundo. 

Aprender a ler e escrever tem que ser natural como ser concebido e vir ao mundo. E tanto mais o será se essa aprendizagem estiver em consonância com nossas histórias de vida, distanciada das repetições infundadas, das transmissões sem significantes e significados. É claro que não estamos sós no mundo. E que compartilhar histórias é tão importante quanto viver e relacionar-se com todas as formas de interação social, cultural e econômica. Mas também, e principalmente, opinar, seja através da linguagem oral ou escrita, sobre essas histórias. E a partir da reflexão critica promover mudanças significativas, seja na própria história, ou nas histórias coletivas. 

___________________

FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 4 ed. Paz e Terra, 1986.



Literatura na sala de aula – leitura e interação

Prof. Valéria Rosa Poubell






1. Recolher livros da biblioteca da escola, caso haja, para trabalho em sala de aula durante todo o ano letivo

2. Solicitar ao responsável um exemplar para ficar na sala de aula (a ser devolvido no fim do ano).

3. Organizar com as crianças a catalogação dos livros, ou seja, fazer uma lista com eles dos exemplares disponíveis, aproveitando a excelente oportunidade de abordagem de conteúdos: leitura, escrita, ordenação alfabética, estrutura elementar textual (título, autor, editor, ilustrador, etc.).

4. Propor um Círculo de Leitura (que pode ser na própria sala de aula, mas também pode servir de inspiração para uma “aula ao ar livre”, no pátio da escola, por exemplo. A criançada vai se familiarizando com o hábito da leitura sistematizada, além de desenvolver habilidades importantes, como o ouvir, o falar, o raciocinar (apreensão das idéias do texto lido/ ouvido), o pensar criticamente, e a emissão coerente desse pensamento, entre outras.

5. Todo fim de semana, cada aluno escolhe um exemplar, leva para casa e lê. Pode ser sozinho, ou com ajuda (p/ aqueles que ainda não conseguem ler).

6. Fazer fichas de avaliação (simples, como "em sua opinião, a história do livro é: boa, muito boa, ruim ou muito ruim?”; “interessante pouco interessante”; “empolgante, sonolenta”, etc.) com alguma interpretação, o mínimo possível, como por exemplo: Reescreva o título do livro que você leu; Quem são as personagens da história do livro? Represente através de desenho a parte que você achou mais interessante na história.

7. Disponibilizar, durante as aulas, acesso às “Caixas de Leitura”, “Baú do conhecimento”, “Caixinha de Surpresas” (seja qual nome for escolhido pelo professor ou pelos alunos para o local onde ficarão guardados os livros) para livre manuseio pelos alunos, propiciando assim uma leitura prazerosa, sem qualquer “cobrança”.

8. Propor reescritos textuais de histórias lidas e apresentadas nos Círculos de Leitura, como uma das estratégias de desenvolvimento da produção escrita através do “pensamento sobre a escrita”.

9. E muitas outras possibilidades que a sua criatividade de professor, comprometido, eficiente e esperançoso é capaz de alcançar!

Produção Textual na alfabetização II


Como motivar a produção de texto mesmo na fase inicial da alfabetização?

Projeto Literatura O menino Poti, Ana Maria Machado
Projeto Alimentação Saudável I
Projeto Alimentação Saudável II














Complementando a reflexão sugerida no último “post”, compartilho com vocês, meus preciosos leitores, sugestão de prática pedagógica baseada na Epilinguística (não se assustem com o nome! rs...), proposta pelo Grupo de Pesquisa e Formação de Professores, já citado em outros “posts” – O PROFA. Degustem, e bom apetite, assim como eu tive.

Reescrita de textos, de narrativas - Esta é uma boa atividade, porque se o aluno ouviu a história e tem a possibilidade de recontá-la e depois reescrevê-la ele terá que escrever, na verdade, uma nova história, pois no recontar e reescrever o aluno apresenta os aspectos que ele considerou mais importantes na narrativa, e além do mais terá que ajustar o que se fala, produz, com a escrita. São vários os desafios para um aluno neste tipo de atividade.

Mas infelizmente vemos no cotidiano escolar poucas atividades assim, alguns profissionais utilizam a história para escrever apenas palavras-chaves, outros para corrigir ortografia, mas pouco se viu intervenções para trabalhar a coesão e coerência textual, até porque boa parte dos professores acham que são atividades demoradas, que os alunos não estão acostumados, ou os alunos ainda não dominam o sistema de escrita, então não conseguem escrever o texto, (já vimos que isso não procede) e com isso há pouco investimento nestas atividades e com certeza uma grande perda para os alunos, pois é uma boa atividade para o professor revisar estes textos com os alunos e ajudá-los, cada vez mais.

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